quarta-feira, 17 de junho de 2009

Da repugnância ao reconhecimento

Sob a música de Regis Danesi Faz um milagre em mim, que toca em todas as rádios do país, fazendo com que o sacro invada o profano e o profano o sacro, foi encerrada a justa homenagem com que a Câmara de Vereadores de Joinville (SC), antecipou a comemoração dos 100 anos da Assembleia de Deus no Brasil.
Desta forma se evidencia o que já se percebe a muitos anos, de que a maior igreja evangélica do Brasil tem sido reconhecida pelo brilhante trabalho em várias áreas da sociedade, especialmente em Joinville com missões, comunicação, ação social, educação e cultura.
No passado, sob grande perseguição, nossos desbravadores sofreram privações e sofrimentos, para pregar o evangelho preferecialmente à classe menos favorecida. Estudos revelam que o início foi com gente pobre e simples, mas que experimentaram o calor da presença de Deus. Isto os moveu para ganharem o país e o reconhecimento.
Diante disto, existem motivos de alegria e honra pelo reconhecimento, mas jamais se poderá esquecer que esta igreja é dos pobres e para os pobres e que os da classe média e rica que dela também fazem parte, assim só podem fazer porque um dia ela iniciou-se com os pobres, sendo assim mordomos, pobres e ricos, das riquezas que esta igreja tem. Por isto não se pode esquecer de continuar a ter uma vida simples, como Jesus era simples, sem criar estruturas ostensivas de riquezas materiais que depõe contra o evangelho.

2 comentários:

Nino disse...

olá Claiton

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nos últimos cinqüenta anos, nosso crescimento deu-se de forma acelerada. Na década de 1940 éramos 2,6% da população brasileira; em 1950 subimos para 3,4%; em 1960 5,2% em 1970 6,6%; em 1980; 9% em 1991 e em 2000 éramos 15,4% da população brasileira, cerca de 26 milhões de pessoas.
O que mais impressiona é a taxa de crescimento médio anual na última década que foi de 8,9%, muito superior às obtidas nas décadas anteriores que variavam de 4,7% a 5,3%.
Segundo os estudos, entre os fatores (sociológicos) para explicar o nosso crescimento, encontramos o comprometimento com a evangelização, que diferente das religiões cristãs tradicionais, move tanto pastores como os leigos. Neste sentido as mulheres desempenham um papel fundamental por trazerem para as igrejas, maridos, filhos, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e escola.
Outro fator apontado é o trabalho pastoral que tende a ser muito eficaz por falar a uma linguagem popular em detrimento a erudição teológica, que ainda é pequena no meio pentecostal.
Segundo estes mesmos estudos, se fossemos identificar o perfil dos evangélicos " a maioria são mulheres, negros e pobres com baixa escolaridade"
Sendo assim, não dá para concebermos uma igreja que não seja comprometida com os excluidos.

Um abraço

Claiton Pommerening disse...

Meu amigo Nino,
obrigado por seu comentário.
Acrescente-se a esta lista ainda o fator oralidade muito presente no pentecostalismo, ou seja, seus valores e conceitos se transmitem de forma oral, através da música, pregação, etc., sempre valorizando a o discurso oral em detrimento da escrita.
Claiton